Um belo sorriso se destacou e de sua boca saíram as primeiras palavras daquela noite: Que bom que veio, estava com medo de que não viesse... Confesso que pensei algumas vezes em não ir, mas depois que estava no ônibus, não tinha mais volta, eu disse. Me abraçou e me convidou para entrar.
Subi as escadas, ainda nervoso, mas sem a mala, que fez questão de carregar para mim. Cheguei na sala de jantar e seus pais estavam sentados. Os cumprimentei com mais vergonha ainda e fui ao quarto, deixar minhas coisas. Conversamos um pouco, demos risadas, trocamos elogios e então nos chamaram para jantar. Estava muito nervoso... Acabei de conhecer e já estou jantando com a família? É muito nervosismo para uma pessoa só... O que terá para comer? Dizem que sou enjoado, espero que tenha algo que eu possa comer. Será que me portarei bem? Será que conseguirei ser simpático? Aliás, sou simpático? E se já causar uma impressão ruim? E se eu estragar tudo logo agora que acabei de chegar???
Sentei no lugar onde pediram e começamos a conversar. Falei um pouco da minha vida, do que faço, minha família... Mas sempre só o suficiente, para não parecer um tagarela sem noção, e sempre vermelho de vergonha quando olhavam ou dirigiam a palavra pra mim. Sentia isso. Um calor subia do peito e queimava cada milímetro do meu rosto, até chegar na minha testa, onde esse calor virava gotas de suor. Minhas mão estavam tremulas e molhadas de nervoso. Enquanto comia prestava muita atenção pra não bater os talheres no prato, senão demonstrariam o quão nervoso eu estava.
O jantar estava ótimo, sua mãe preparou um prato especialmente para mim, estava começando a me sentir mais a vontade, quando um tornado chamado “La Hermana” adentrou a sala de jantar. Eram palavras, perguntas e suspeitas voando pra lá e pra cá... Me senti no centro do tornado, vendo todas as palavras girando em torno de mim e o jantar também. Eram muitas perguntas feitas. Reza a lenda que as respondi e me saí muito bem, dizem que sou matreiro e sagaz, que tenho resposta e saída pra tudo, mas confesso que no meio daquele turbilhão de nervosismo e inquérito não lembro o que me foi perguntado e muito menos as respostas. Só sei que 7 meses depois o furacão parou de girar na minha direção e tive a confirmação de que fui bem nessas perguntas e no decorrer dos meses. Fui considerado parte da família.
Depois do jantar, uma sobremesa incrível, mas não exagerei na sobremesa. Tudo, na minha cabeça, seria motivo para ter uma imagem ruim perante a família toda. Conversamos mais um pouco e fomos para o terraço da casa. Uma vista linda, um vento ótimo. Estávamos só nós dois agora, conversando sobre tudo que conversamos durante alguns meses pela internet. Até que, inevitavelmente, e felizmente, sinto meu coração mais acelerado, seu rosto se aproximando do meu, seus olhos me olhando mais de perto, como se pudesse olhar dentro de mim através do meu olho... nossas bocas se tocam. Não me lembro exatamente o que senti, se senti, e quanto tempo ficamos alí. Só me lembro que parecíamos girar, levitar e dançar com a lua cheia como nossa única testemunha confirmando o que já sabíamos pelo mundo virtual, nosso encontro não podia ser adiado. Tínhamos que nos conhecer.
Uma foto, a primeira juntos, selou esse dia e essa viagem.
Subi as escadas, ainda nervoso, mas sem a mala, que fez questão de carregar para mim. Cheguei na sala de jantar e seus pais estavam sentados. Os cumprimentei com mais vergonha ainda e fui ao quarto, deixar minhas coisas. Conversamos um pouco, demos risadas, trocamos elogios e então nos chamaram para jantar. Estava muito nervoso... Acabei de conhecer e já estou jantando com a família? É muito nervosismo para uma pessoa só... O que terá para comer? Dizem que sou enjoado, espero que tenha algo que eu possa comer. Será que me portarei bem? Será que conseguirei ser simpático? Aliás, sou simpático? E se já causar uma impressão ruim? E se eu estragar tudo logo agora que acabei de chegar???
Sentei no lugar onde pediram e começamos a conversar. Falei um pouco da minha vida, do que faço, minha família... Mas sempre só o suficiente, para não parecer um tagarela sem noção, e sempre vermelho de vergonha quando olhavam ou dirigiam a palavra pra mim. Sentia isso. Um calor subia do peito e queimava cada milímetro do meu rosto, até chegar na minha testa, onde esse calor virava gotas de suor. Minhas mão estavam tremulas e molhadas de nervoso. Enquanto comia prestava muita atenção pra não bater os talheres no prato, senão demonstrariam o quão nervoso eu estava.
O jantar estava ótimo, sua mãe preparou um prato especialmente para mim, estava começando a me sentir mais a vontade, quando um tornado chamado “La Hermana” adentrou a sala de jantar. Eram palavras, perguntas e suspeitas voando pra lá e pra cá... Me senti no centro do tornado, vendo todas as palavras girando em torno de mim e o jantar também. Eram muitas perguntas feitas. Reza a lenda que as respondi e me saí muito bem, dizem que sou matreiro e sagaz, que tenho resposta e saída pra tudo, mas confesso que no meio daquele turbilhão de nervosismo e inquérito não lembro o que me foi perguntado e muito menos as respostas. Só sei que 7 meses depois o furacão parou de girar na minha direção e tive a confirmação de que fui bem nessas perguntas e no decorrer dos meses. Fui considerado parte da família.
Depois do jantar, uma sobremesa incrível, mas não exagerei na sobremesa. Tudo, na minha cabeça, seria motivo para ter uma imagem ruim perante a família toda. Conversamos mais um pouco e fomos para o terraço da casa. Uma vista linda, um vento ótimo. Estávamos só nós dois agora, conversando sobre tudo que conversamos durante alguns meses pela internet. Até que, inevitavelmente, e felizmente, sinto meu coração mais acelerado, seu rosto se aproximando do meu, seus olhos me olhando mais de perto, como se pudesse olhar dentro de mim através do meu olho... nossas bocas se tocam. Não me lembro exatamente o que senti, se senti, e quanto tempo ficamos alí. Só me lembro que parecíamos girar, levitar e dançar com a lua cheia como nossa única testemunha confirmando o que já sabíamos pelo mundo virtual, nosso encontro não podia ser adiado. Tínhamos que nos conhecer.
Uma foto, a primeira juntos, selou esse dia e essa viagem.