quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Depois de anos... Tudo igual mas diferente - Parte I

Fazia uns meses que estávamos tentando fazer essa viagem, mas nunca conseguimos. A primeira vez programamos para Maio, mas umas semanas antes Tiago trocou de emprego, então não conseguiria tirar uns dias de folga. Remarcamos então para Agosto, mas tivemos que adiar novamente porque Diego sofreu um acidente de moto e teve que engessar a perna. Última tentativa do ano, em Novembro, dessa vez daria certo! Mas não deu. Jorge teve que ajudar sua namorada da época a finalizar um trabalho que acabou lhe rendendo uma grana... Era uma simples viagem de uns 4 dias onde velhos amigos afastados naturalmente pelo tempo e dias corridos poderiam se rever, colocar o papo em dia e se divertir... Por que nunca dava certo?
O ano acabou, Tiago passou o reveillón em Minas com uns amigos, Diego passou com a família num cruzeiro, Jorge ficou na capital curtindo as baladas que sempre frequentou e eu fui à uma fazenda curtir o silêncio, calmaria e o mato com mais um casal de amigos.
No primeiro dia de volta à rotina e à agitação da cidade grande, resolvi enviar um e-mail a todos: "enrolamos por mais um ano... E agora não tem escapatória: dia 07 de Março espero todos em casa às 15h pra gente fazer nossa viagem. Não revelarei o destino, só no dia. Se forem levar namoradas avisem antes para ver se todos caberão no meu carro. Cabem 7 pessoas, mas não é bom viajar espremido. Ah, não quero saber de desculpas. Cada um dá o seu jeito pra conseguir estar lá. Pensem em como éramos unidos, quanta coisa já vivemos, sofremos e aprontamos juntos... Agora faz tanto tempo que não nos vemos que nem sabemos nada do que nossa vida virou, do que andamos fazendo... Não podemos perder essa amizade e cumplicidade que tínhamos... Abraços, Gui."
As respostas foram ótimas, trocamos e-mails quase todos os dias. Falamos besteiras e rimos muito como antigamente, mas por e-mail. Era estranho e bom ao mesmo tempo, parece que virtualmente voltamos a ter o vínculo que tínhamos antes. Os dias se passaram, estava tudo combinado, todos disseram que estariam lá, será que amanhã finalmente conseguiremos nos reunir e viajar depois de tantos anos?

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Do Bungee Jump à cama - Parte 3

Já era quase 1 hora da manhã quando entramos na tenda. Estava muito cheio e quente. Muita gente gritando e pirando ao som do DJ Marky com a participação do Stamina, cantando Carolina Carol Bela (procurei pra ver se tinha algum vídeo do Skol Beats da época, quando ainda era legal frequentar raves: http://youtu.be/WZBeia_-VMs pena que não achei o da música que citei). Pirei. Dançamos até não aguentar mais. Nos revezávamos para ir comprar cerveja. Saía e entrava Dj no stage e nós dançando, bebendo, rindo, conversando e nos beijando. O calor aumentava cada vez que tomávamos cerveja. Começamos a trocar beijos mais quentes, eu com a Lena, Lena com a Rê... Depois de exaustos de tanto dançar e beber, saímos da tenta pra tomar um ar. Estava frio, então fomos ao lounge sentar e conversar. Foi então que a Rê me deu um beijo e puxou a Lena pra participar. Ficamos um bom tempo assim. Quando paramos, muita gente estava olhando. Vergonha!
"Pronto, agora podemos ir embora, vamos?". Mas ir pra onde, Lena? "pro meu apartamento, pra você ver a surpresa que havia te falado". Mais do que imediatamente me levantei. Saímos, pegamos um táxi e fomos para casa dela.
Era um apartamento grande num bairro nobre da cidade, muito bem decorado. Abriu a geladeira, foi ao bar e nos preparou uma bebida bem forte. Pegamos os copos e fomos ao seu quarto, era uma suite. "E aí, gostou do meu quarto? Por que não vai encher a banheira pra gente?". Não pensei duas vezes, assim que estava cheia voltei. Lena e Rê estavam só de calcinha aos beijos. Fiquei uns minutos só observando... até que perceberam minha presença, levantaram, me puxaram para o banheiro, tiraram as calcinhas e começaram a me beijar e me despir.
Entramos na banheira, os beijos estavam cada vez mais incontroláveis, os toques ficaram mais intensos, as pegadas mais fortes, as respirações pesadas... Não sabíamos mais qual parte do corpo pertencia a quem. Só nos enroscávamos e buscávamos o prazer um no outro. Éramos um novo corpo feito de 3 partes que se uniram e não se soltavam. Da banheira fomos à cama, onde nossa exploração corporal e nosso prazer continuou e foi à níveis inimagináveis. Perdi a noção de tempo.
Acordei sem saber onde estava. Olhei pro lado e vi as duas dormindo abraçadas. Que loucura! Peguei minhas roupas que estavam espalhadas pela suite, não encontrei uma meia e a cueca. "que loucura foi essa? De onde vocês surgiram? Pena que só tem Skol Beats uma vez por ano. Muitos beijos" deixei num pedaço de papel junto com meu e-mail. Me vesti, abri a porta, desci o elevador, peguei um táxi e fui até a rodoviária. Quando cheguei em casa abri meu e-mail e havia uma nova mensagem: "só existe Skol Beats uma vez por ano, mas meu namorado viaja várias vezes.... Faremos festas privadas pra nós 3 e talvez convidados vips sempre. Beijos, Lena e Rê". Fui dormir pra recarregar as energias.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Do Bungee Jump à cama - Parte 2

Dessa vez resolvi ir com minha cerveja dar uma volta. Entrei em outra tenda onde tocava House. Fiquei uns 15 minutos e saí. Não é o tipo de som que curto. Passei na frente do palco ao ar livre, não tão na frente pois estava lotado, estava rolando um set com 2 djs que usavam baixo e bateria além da mesa, muito bom mesmo. Acabei saindo de lá por causa do empurra-empurra. Minha cerveja estava na metade. Andei mais um pouco e de longe vi alguém caindo para atrás da arquibancada. Será que bebi tanto assim? Fiquei assustado e fui ver o que tinha acontecido. Foi quando meus olhos brilharam: um Bungee Jump da Pepsi. Fui em direção à fila quando tive uma notícia ótima: era de graça.
Assim que entrei na fila, 2 garotas chegaram e ficaram atrás de mim. Começamos a conversar.
Helena era a mais velha, 19 anos, loira, um pouco mais baixa que eu, corpo não muito magro, peitos e bunda médios, combinando com o resto do corpo, e uma boca um pouco carnuda, com batom rosa. Renata, sua amiga, tinha 18 anos, tinha os cabelos castanho claro, pele branca, era magra e peitos e bunda bons pra sua altura, tinha uns 1,75m.
Depois de meia hora conversando e muita risada, Helena pediu pra Rê comprar mais cerveja e trazer uma pra mim também. Assim que ela foi em direção ao caixa, Helena se aproximou mais de mim e me deu um beijo. E que beijo! Sua boca era macia, ela sabia seduzir como ninguém. Não sei quanto tempo ficamos nos beijando, fomos interrompidos por uma cutucada da Renata, que havia voltado com as cervejas e estava com a cara fechada. Não entendi o que aconteceu, e nem queria entender naquele momento. Só queria saber da Lena. Mais uns 15 minutos de fila e chegou minha vez. Deixei a Lena ir primeiro. Ela estava sem coragem de se jogar, então o instrutor ajudou e a empurrou. Ela gritava muito, um grito fino que doía os ouvidos quando o elástico esticava e ela ficava próxima ao chão. Saiu dando risada, me deu um beijo e, quando eu estava entrando, me deu um apertão na bunda.
Agora era comigo. Assinei o termo de responsabilidade, coloquei o equipamento de segurança e lá estava eu, subindo, subindo... Até que parou. Fiquei bem perto da beirada, admirei por uns segundos a vista da cidade sentindo o vento batendo no meu rosto, respirei fundo, olhei pra baixo e me joguei.
Fazia tempo que não sentia aquela sensação. Uma mistura de desespero por estar caindo e ver o chão se aproximar cada vez mais, prazer pela adrenalina que toma conta do seu corpo na hora e paz. É uma sensação única. Quando estava quase encostando a cabeça no colchão de ar e pensando "já era", senti um tranco e voltei a subir. Virei um iô-iô por alguns minutos, até chegar ao chão novamente.
Fui recebido com um beijo, estava pilhado pela adrenalina. Esperamos a Rê pular. Era a mais nervosa, tremia enquanto colocavam o equipamento nela e, na hora de saltar, tapou os olhos com as mãos e se jogou. Estava tão nervosa que a voz nem saía, não se ouvia gritos, só se via a cara de desespero. Assim que se juntou a nós, Helena também a recebeu com um beijo. Agora entendi o porque da cara fechada, são namoradas. "Não! Eu namoro, mas não com ela. Meu namorado está viajando. Agora vamos dançar mais um pouco que mais tarde te levarei a um lugar onde terá uma surpresa.". Segurou minha mão e me puxou sentido a tenda de Drum'n'Bass.