Ainda não estava acostumado com o calor daquela pequena cidade. Sentia as paredes do quarto esquentando a cada minuto que se passava, e isso me fazia perder a cabeça. Calor sempre me deixou irritado, sem paciência. Eu devia ter uns 16 anos na época, vivia na frente do meu computador, falando e conversando com diversas pessoas nas salas do mIRC, um programa de bate papo da época.
Ouvia música alta, algum grunge ou hardcore, bebia cerveja gelada do meu pai e intercalava com goles do conhaque que escondia em meu armário. Já estava meio tonto, estava anoitecendo, quando um convite inesperado piscou na janela do meu computador. Era uma festa só para convidados na casa de uma pessoa qualquer, em uma cidade a 80 km de onde eu estava. Não tinha como ir, não dirigia na época e, mesmo se dirigisse, meus pais não deixariam eu pegar o carro pra ir tão longe sem uma boa desculpa, coisa que eu não tinha e nunca fui bom de inventar. “Estou saindo de casa em breve, me passa seu endereço que vou até sua cidade te buscar e te levo de volta de manhã cedo”. Pronto, não tinha mais volta.
Assim que meus pais foram dormir saí silenciosamente e fiquei esperando meu amigo virtual na frente do prédio. Sentia uma mistura de ansiedade, medo e empolgação. Me dava até ânsia. Uns vinte minutos depois, Caio chegou. “E aí Guilherme, entra aí por que já estamos atrasados”. Ele tinha um Gol branco, parecia ser novo e tinha cheiro de cigarro misturado com eucalipto. “Aceita uma cerveja? Tenho vodka também”. Fomos bebendo, conversando, ouvindo e cantando rock até lá. Bolamos uns 2 baseados e fumamos durante o caminho.
Chegamos à tal festa. “Está preparado? Você vai adorar. Você é dos nossos. Te encontro às 5h da manhã aqui no portão para eu te levar de volta, ok? Não esqueça, e aproveita!”. Só fui entender tudo o que ele disse depois que abri a porta: na sala, pessoas peladas ou só de cueca/calcinha se beijando, copos e bitucas de cigarro espalhadas pelo chão. A casa exalava cheiro de cigarro, maconha e álcool. Estava muito quente. Nem entrei direito e uma garota já começou a me fitar com os olhos enquanto beijava outro cara junto com mais 3 garotas. “Adoro os tímidos”, ela me disse tirando o soutien. Veio em minha direção e começou a me beijar se esfregando freneticamente em mim. Quando percebi, já estava só de cueca.
Fui empurrado para o sofá e algumas garotas vieram por cima, me beijando, percorrendo o corpo inteiro, algumas se beijavam mutuamente. “Preciso beber”, eu disse. Logo, uma delas chegou com uma garrafa de vinho e começou a jogá-lo na minha boca. Não havia desperdício, o que escorria pelo canto da minha boca e se acumulava no meu peito era sugado por suas bocas sedentas.
Comecei a ficar muito excitado e entrei no clima. Tomei a rédea da situação: agora era eu quem mandava e fazia o que queria com elas. Foi então que tive uma surpresa: uma delas tirou um saquinho da calcinha, o abriu com a boca, arrebentando o nó que existia nele e jogou aquele pó branco nos seios da que estava deitada embaixo de mim. “Vai, é seu! Que cara é essa? Nunca fez? É só sugar com o nariz e curtir. Você vai adorar, confia em mim”.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
"A" festa - parte 1
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