Nesse ponto não pensava em mais nada além de curtir. Suguei com tudo, não deixei nenhum grãozinho sequer. Comecei a sentir meus órgãos ficarem mais acelerados, a pele mais quente, não podia fazer nada além de acompanhar o ritmo do meu corpo. Gemidos, estalos, líquidos.... Tudo começou a se misturar enquanto fazia o que o meu corpo pedia. "Mais vinho, quero mais", e então sentia aquele líquido escorrendo pela mina garganta e meu corpo, até a gota chegar abaixo do meu umbigo, onde foi sugada sem hesitação por uma das garotas que brincava sedentamente comigo e com a amiga que não tirava seus olhos vidrados de drogas e prazer enquanto gemia ao ritmo do meu corpo.
"Que noite é essa?" Era tudo o que conseguia pensar nos meus curtos momentos de lucidez. Depois de ouvir meu gemido ecoar pela casa, com a cabeça erguida, olhando o ventilador do teto enquanto me recompunha e sentia cada gota de suor escorrer pelo meu corpo, senti uma língua quente adentrar minha boca numa sucção e vontade impressionantes. Quando se foi, o que restou foi um pequeno papel bem amargo. Quando fui tirá-lo de minha boca, só ouvi: "Nem pense nisso, gato. Hoje é para você curtir". Me joguei no sofá, que agora estava vazio, e tentei relaxar um pouco, mas não deu tempo, comecei a sentir mais gosto de vinho na minha boca, o galão estava sendo virado nela e no meu corpo. Fui arrastado até a piscina, onde me jogaram. Luzes piscavam, sentia meus pelos arrepiados, pareciam ter vida própria. Sentia uma energia ser expelida por eles, como se fumassem um baseado ininterruptamente. Luzes, mais luzes. “Que sensação é essa, quem está me tocando desse jeito?" Não quis saber, continuei a nadar e sentia cada gota d´água no meu corpo, até que parei na quina da piscina e nem 10 segundos depois uma menina linda me serviu um pó branco numa bandeja. Não me fiz de rogado dessa vez, sabia muito bem o que fazer.
Tosse, muita tosse. Parecia ser mais forte, ou eu estava mais fraco? Não sei. Só sei que quando mirei a piscina com meus olhos gigantes não consegui ver mais nada além de várias pessoas extremamente lindas e agitadas nadando na minha direção. Me senti como se eu fosse a última lata de cerveja de uma festa onde ninguém queria ir embora. Fechei meus olhos e fiquei boiando... Resolvi relaxar e só sentir... Sentia o toque, a boca, carinhos, mordidas, sugadas, apertadas e apalpadas, até que ouvi novamente meu gemido ecoar pelas águas da piscina, aquele gemido mais abafado. Senti meu corpo se desfalecendo e afundando naquelas águas quentes. Quando com um impulso voltei a vida, abri os olhos e Caio estava lá, olhando pra mim e dando risada "Sabia que esqueceria do horário, são 5h30, vamos logo, suas roupas e coisas estão lá no carro."
Saí correndo das águas dos prazeres, entrei no carro e me troquei encharcado enquanto voltava em direção a minha casa. Não olhei pra trás. "Guilherme, acorda, já chegamos. É aqui que te deixo, né?!" Entrei em casa como se nada tivesse acontecido. Saboreei um pão fresquinho que havia comprado na padaria da esquina quando meus pais acordaram e eu fui dormir, sonhar. Nunca mais vi nem encontrei esse Caio por aí.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
"A" festa - parte 2
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